terça-feira, 22 de novembro de 2011

GABARITO - PARTE III - CLARISCE LISPECTOR

3ª e última parte - Laços de Família - Clarice Lispector

Conto: Laços de família
1. Embora o início do conto, o narrador nos propõe um diálogo normal entre mãe e filha, qual a situação que desconstrói tal normalidade?
a) " Catarina fora lançada contra Severina, numa intimidade de corpo há muito esquecida[...]
b) "Catarina olhava a mãe, e a mãe olhava a filha."
c) "Ah,ah, - exclamou a mãe como a um desastre irremediável[...]
d) " Catarina não queria mais fitá-la nem responder-lhe."
e) " Catarina viu então que sua mãe estava envelhecida e tinha os olhos brilhantes."

2. I - "Ninguém mais pode te amar senão eu, pensou a mulher rindo pelos olhos; e o peso da responsabilidade deu-lhe à boca um gosto de sangue."
    II - Como se "mãe e filha" fossem vida e repugnância.
    III - "Não, não se podia dizer que amava a sua mãe."
Há a figura Paradoxo, na(s) frase(s):
a) Apenas I;
b) Apenas II
c) I, II
d) I,III
e) II , III

3. A quebra do laço de família fica evidente quando:
a) A mãe sempre pergunta se não esqueceu de nada;
b) No desespero das duas mulheres em seus últimos instantes da partida do trem;
c) Ambas ficaram a se olhar atônitas;
d) O trem não partia e ambas esperavam sem ter o que dizer.
e) Na frase: - " Não vá pegar uma corrente de ar!

4.A palavra FEIA  dita pelo filho, provoca em Catarina a seguinte reação:
a) a lembrança da mãe;
b) a vontade de mentir sobre o que ele havia dito;
c) a vontade de rir;
d) a vontade de fugir;
e) não provocou nenhuma reação

5. Com a fala do narrador em relação ao marido ao ver sua mulher sair com seu filho , podemos inferir que:
a) há um egoísmo machista;
b) há um descomprometimento com a ação;
c) há um tom de perplexidade;
d) há um tom de deboche;
e) há um momento de impotência diante da situação.

6. " Depois ninguém saberia de que negras raízes se alimenta a liberdade de um homem."
Nesta frase encontra(m) a(s) seguinte(s) figuras de linguagem:
a) metáfora e hipérbole;
b) metáfora e prosopopeia;
c) metonímia e prosopopeia;
d) metáfora e metonímia;
e) metonímia e sinestesia.

7. Há a certeza de uma família "quebrada em seus laços", quando:
a) O marido, que é engenheiro, vê sua mulher e filho sumirem e ao olhá-los, vê- os, de cima, de forma achatada
b) O marido , que é engenheiro, sabe que  é promissor e sua esposa e seu filho têm defeitos indignos;
c) O marido, que é engenheiro, percebe-se só com seu apartamento "onde tudo corria bem."
d) O marido, que é engenheiro, viu-se só com seu sábado e sua gripe;
e) Por ser uma sequencia de observações, a quebra está em todas as outras percepções.

8. O marido achava-se perfeito  e odioso ao mesmo tempo porque:
a) Era autossuficiente e  sua mulher o fazia assim;
b) conseguiria dar, senão, mais sucesso com a ajuda da mulher;
c) Era engenheiro e ela era quem o havia ajudado a ser o que era;
d) Era moço e promissor por causa da mulher;
e) tinha um apartamento perfeito e a mulher fazia que tudo "corresse bem" em casa.

9. O que ele e sua mulher haviam cortado da vida diária ?
a) as frustrações, em voz alta;
b) o amor, em voz alta;
c) a alegria, em voz alta;
d) o perdão ,em voz alta;
e) a tristeza, em voz alta.

10. É possível afirmar que:
a) a rotina voltou à casa;
b) As coisas se sucederam como o engenheiro previu;
c) o que se sucedeu depois é um grande mistério;
d) A esposa e o filho não voltaram mais;
e) Os laços foram quebrados de vez.

Conto: Começos de uma fortuna.

1. Existe um sentimento de frustração na vida do protagonista quando o narrador cita:
a)  que seus pais o deixavam em um canto, dizendo  "agora acabou" e ele sentia o seu corpo ainda vibrar.
b) que a mãe  "assumiria o dia."
c) que a mãe tinha preocupações;
d) que de manhã cedo não era uma boa hora para "pedir coisas."
e) que a mãe o olhava-o " seca como a um estranho.'

2. " Tornava-se implicante, mexia num e noutro com o pé, cheio de uma cólera que, no entanto, se transformaria no mesmo instante em delícia, em pura delícia, se eles apenas quisessem."
A palavra NO ENTANTO, sugere  que a situação de frustração poderia ser revertida :
a) apenas com um gesto;
b) apenas com uma palavra;
c) apenas com um sorriso;
d) apenas com um olhar;
e) apenas com um pensamento.

3. A relação de poder da mãe sobre o filho encerra-se:
a) nas lembranças;
b) no diálogo dos dois;
c) com a chegada do pai;
d) no olhar de Arthur;
e) Na fala de Arthur.

4. A expressão : " Assim é que a rua parecia recebê-lo." Mostra claramente a situação:
a) Que a vida ensina mais que a convivência familiar;
b) Que a família quer que seu filho cresça;
c) Que os pais querem que o adolescente viva novas experiências.
d) Que os filhos não queriam que isso acontecesse,
e) Que os pais não têm noção do que estão fazendo com seus filhos.

5.  " Olhe o modo como você fala com sua mãe, disse o pai sem severidade." tem relação direta :
a) com o grau de importância que a mãe exerce na vida familiar;
b) com a preocupação de ensinar ao filho a respeitar a sua mãe;
c) com a autoridade exercida pelo cabeça da família;
d) Com os maus hábitos do filho;
e) Com a responsabilidade de ensinar ao filho bons modos para com as mulheres.

6. O título do conto está diretamente ligado à fala/pensamento:
a) final do pai;
b)  do empréstimo que pedira ao irmão de Antonio;
c) do momento em que estava no cinema com Glorinha.
d) do momento que pisara no ladrilho do banheiro;
e) da mãe.

Conto Mistério em São Cristovão.

1. Apenas um acontecimento quebrou toda a sequência de monotonia da  família da casa de São Cristovão;
a) a presença dos jacintos;
b) o encontro de quatro rostos;
c) uma noite de maio;
d) Uma festa à fantasia;
e) Nenhuma das opções acima.

2. Em princípio, a narração em que  mascarados saem de uma casa em frente a de São Cristovão, ,dá uma falsa impressão que, exceto:
a) a casa seria assaltada;
b) porque a menina deixou a janela aberta,  poderia ser abusada pelos mascarados;
c) a família sofreria algum tipo de mal;
d) Algo de ruim estaria para acontecer;
e) eles queriam roubar o que tinha no jardim.

Conto O crime do professor de Matemática

1. O professor dera o nome de José para o outro cão na esperança que desse ato ,ele( o cão) pudesse:
a) ficar satisfeito;
b) se parecer com o ser humano;
c) ser facilmente reconhecido;
d) atender ao seu dono;
e) ser diferente dos outros cães.

2. " Era todos os dias um cão que se podia abandonar." Essa fala tem ligação direta com a seguinte ação:
a) O cão não correspondia ao que o protagonista queria dele;
b) O cão não entendia o que o protagonista queria;
c) O cão não conseguiu ser domesticado;
d) O cão se mostrou agressivo;
e) O cão era selvagem.

3. " Não me pedindo nada, me pedias demais." o paradoxo encontrado nessa fala tem sua origem:
a) No pensamento do narrador protagonista;
b) Na  atitude do narrador protagonista para com o seu cão;
c) Na interação contraditória do homem e do cão;
d) Na postura do cão para com as exigências do seu dono;
e) No abanar do rabo do cão para o seu dono.

4. O cão "pedia" que o seu dono fingisse. Este fingimento seria:
a) Que os dois eram uma família;
b) Que o homem não o via ali;
c) Que o homem fosse mais animal do que ser humano;
d) Que o homem gostasse  dele ( do cão );
e)Que o homem sentisse pena dele ( do cão )

5. " Agora estou bem certo de que não fi eu quem teve um cão. Foste tu que tiveste uma pessoa." Essa constatação foi feita porque:
a) O protagonista se sentia fraco;
b) O cão dominava o protagonista;
c) Os dois cuidavam um do outro;
d) O cão era fiel ao seu dono;
e) O cão existia de um modo perfeito.

6. Qual o motivo que gerou o conto?
a) O professor havia recebido uma proposta de emprego em outra cidade.
b) A família do professor exigiu que ele desse mais atenção a ela.
c) O cão após ter sido fiel a ele, ficou doente;
d) Um dos filhos do professor sofrera uma mordida;
e) O cão ficou agressivo;

7. Ao concluir a ação para com o verdadeiro cão , o protagonista sentiu-se:
a) aliviado;
b) enlouquecido;
c) inocente;
d) arrasado;
e) perturbado.

8. Quando tudo parecia ter terminado, uma reviravolta, o cão abandonado, segundo o protagonista exigia que:
a) O professor rezasse pelo falso cachorro morto;
b) O professor assumisse o seu crime;
c) O professor procurasse alguém para se confessar;
d) o professor se entregasse a polícia;
e) O professor gritasse do alto da montanha o que havia feito.

Conto: O búfalo

1.. A mulher sentia raiva:
a) do amor que os leões sentiam entre si;
b) da felicidade e ternura que exalava dos animais;
c) do homem que não a amava;
d) do hipopótamo;
e) de estar doente.

2. A narração dos acontecimentos na montanha- russa fez- se crer que:
a) a mulher estaria sendo atirada para fora do carrinho e morreria logo em seguida;
b) a mulher teria projetado o corpo, mas não levou a cabo o seu intento;
c) a mulher havia apenas idealizado o acontecimento;
d) a mulher estava pensando na possibilidade de se matar;
e) a mulher estava delirando e nem havia saído do chão.

3. As coisas espalhadas no chão revelaram a:
a) feminilidade daquela mulher;
b)  mesquinharia da vida daquela mulher;
c) pobreza daquela mulher;
d) profissão daquela mulher;
e) instabilidade daquela mulher.

4. A mulher se sentia:
a) viva;
b) morta;
c) enjaulada;
d) adormecida;
e) atordoada.

5. O Búfalo foi :
a) a libertação da mulher;
b) a morte da mulher;
c) o amor da mulher;
d) o ódio da mulher;
e) o fim da mulher.
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GABARITO - PARTE II - CLARISCE LISPECTOR

Sequência das perguntas:
Conto: Feliz  Aniversário
1.       “ Os que vieram de Olaria estavam muito bem vestidos porque a visita significa ao mesmo tempo um passeio a Copacabana.”
O narrador faz essa consideração porque:
a)      Fazia tempo que a família de Olaria não vinha a Copacabana;
b)      Copacabana era um lugar que merecia respeito e a melhor roupa;
c)       A família de Olaria queria se sentir como as pessoas nativas de Copacabana;
d)      A família suburbana não queria mostrar de onde vinha; (X)
e)      O aniversário era o principal e a passagem a Copacabana era uma conseqüência.

2.        A descrição da roupa da família de Olaria infere que:
a)      A família teve sucesso em seu intento;
b)      A família, ao se vestir daquela maneira, conseguiu ratificar a sua origem. (x)
c)       A família não tinha intenção nenhuma de provar nada para ninguém.
d)      As crianças estavam bem vestidas para a ocasião.
e)      A família não estava nem aí para o que iam pensar.

3.       “E como Zilda – a única mulher entre os seis irmãos homens e a única que, estava decidido já havia anos, tinha espaço e tempo para alojar a aniversariante[...].
Ao ler este trecho , concluí-se que:
a)      Zilda decidiu ficar com a aniversariante, pois tinha um lugar para ela;
b)      Zilda havia aceitado ficar com a aniversariante;
c)       Os outros irmãos decidiram que ela ficaria com a aniversariante;
d)      As noras decidiram que Zilda ficaria com a aniversariante;
e)      A própria aniversariante decidiu ficar com Zilda.

4.       Quantas horas a aniversariante ficou sentada na cabeceira da mesa até o primeiro convidado chegar?
a)      Duas horas;
b)      Três horas;
c)       Quatro horas;
d)      Cinco Horas;
e)      Seis horas.

5.       O filho da aniversariante de Olaria não veio  porque:
a)      Estava trabalhando;
b)      Estava viajando;
c)       Estava doente;
d)      Estava  desaparecido;
e)      Estava ofendido.

6.       Todos os convidados não passavam de seres horripilantes para ela, menos Rodrigo, “ o neto de sete anos”. No pensamento da aniversariante, ele seria:
a)      Alguém importante;
b)      Um homem;
c)       Um doutor;
d)      Um advogado;
e)      Um  professor.

7.       Seus filhos eram para a aniversariante:
a)      Frutos sem vida e inertes;
b)      Frutos sem consciência e ignaros;
c)       Frutos  corruptos e decrépitos;
d)      Frutos obscenos e amorais;
e)      Frutos azedos e infelizes.

8.       “Pareciam ratos se acotovelando[...]. Esta frase é uma visão:
a)      Humanista;
b)      Simplista;
c)       Simbolista;
d)      Naturalista;
e)      Parnasianista.

9.       Depois de todos os acontecimentos inesperados vindo por parte da aniversariante, no que ela só conseguia pensar?
a)      No jantar;
b)      No dia seguinte;
c)       Em dormir;
d)      Em mandar todo mundo embora;
e)      Em continuar xingando a todos.

10.   Pela sequência de fatos, infere-se que  Rodrigo é filho de(do):
a)      Filho e nora de Olaria;
b)      Dorothy;
c)        Cordélia e Jonga;
d)       José;
e)      Manoel.

11.   A frase que trazia em si mesma uma ambigüidade é:
a)      “Adeus, até outro dia, precisamos nos ver;
b)      Até o ano que vem”;
c)       “ Não sou surda!”;
d)      “ Com o seu primeiro arrepio.”
e)      “ A morte era o seu mistério.”

Conto:   A menor mulher do mundo
1.       A menor mulher do mundo provocava as seguintes frases, exceto:
a)      Parecia um cachorro;
b)      Desgraça não tem limites;
c)       É tristeza de bicho;
d)      Se trata de uma coisa rara;
e)      Todas essas frases foram ditas em relação a “ menor mulher do mundo.

2.       Segundo a história . Amor é, exceto;
a)      Não ser comido;
b)      Achar bonita uma bota;
c)       Amor  é gostar da cor rara de um homem que não é negro;
d)      Amor é amar aqueles que não a amam;
e)      Amor é rir de amor a um anel que brilha.


Conto : Jantar
1.       Pode-se afirmar, sem sombra de dúvida que:
a)      Esta história é a única – pensando nas anteriores a ela – que não traz uma personagem feminina como centro do enredo;
b)      Esta história é a única que não tem conflito existencial;
c)       Esta história é a única que é narrada em terceira pessoa;
d)      Esta história é a única que não trata problemática existencialista;
e)      Esta história difere em tudo das demais.

2.       Pelas pistas enigmáticas, pode-se inferir que o personagem-protagonista está :
a)      Esperando alguma carona;
b)      Esperando poder voltar para casa;
c)       Esperando o dia amanhecer;
d)      Esperando o seu próprio fim;
e)      Esperando alguma loja abrir;

3.       É possível afirmar que:
a)      O narrador-observador está inserido na  cena;
b)      O narrador-observador apenas conta a história;
c)       O  narrador- observador relembra a cena;
d)      O narrador-observador não está prestando a atenção em tudo;
e)      O narrador-observador é um mero espectador .

4.       “ [...] o grande cavalo apóia a cabeça na mão. O primeiro sinal mais claro aparece. O velho comedor de crianças pensa nas suas profundezas. Com palidez vejo levar o guardanapo á boca.”
Essa sequencia  de fatos, em princípio desconexos , mas com total ligação  é:
a)      Marca registrada da época literária dos anos 40;
b)      Marca registrada da autora Clarice Lispector;
c)       Marca registrada das personagens construídas por Clarice Lispector;
d)      Marca registrada das atitudes dos personagens;
e)      Marca registrada da vida das personagens femininas de Clarice Lispector.

Conto: Preciosa
1.       “De manhã cedo era sempre a mesma coisa renovada.” As palavras que apresentam, dentro da oração, um paradoxo, são:
a)      Manhã cedo;
b)      Sempre a mesma coisa;
c)       “manhã” e “renovada”;
d)      Mesma coisa renovada;
e)      “sempre” e “renovada”.

2.       “Tinha quinze anos e não era bonita.” Esta fala representa o estilo literário:
a)      Realista;
b)      Naturalista;
c)       Romântica;
d)      Neoclássico;
e)      Renascentista .

3.       O que a menina mais queria era:
a)      Ganhar sapatos novos;
b)      Andar incólume em todos os lugares;
c)       Era ser reconhecida;
d)      Devanear durante a viagem de ônibus e bonde;
e)      Ser inteligente;

4.       “É que eles sabiam”. Esta passagem está na página 84. O que, segundo o narrador, “eles já sabiam”?
a)      Que a menina tinha 16 anos incompletos;
b)      Que a menina era feia e queria namorar;
c)       Que a menina estava indo para a escola;
d)      Que a menina não tinha amigos e sofria com isso;
e)      Que a menina sentia vergonha de confiar nos homens.

5.       “ Era feio o ruído de seus sapatos. Rompia o próprio segredo com tacos de madeira.” A referência ao ruído dos sapatos tem ligação direta com:
a)      A desgraça a que ela foi submetida;
b)      Ao corredor  da escola;
c)       À presença de pessoas;
d)      As estrelas;
e)      À vida.
6.       “ [...]e onde ela era tratada  como um rapaz.” A menina frágil era chamada assim porque:
a)      ela mesma não confiava no universo masculino;
b)      Sabia passar despercebida pelas pessoas;
c)       A família não tinha um cuidado específico com ela;
d)      Era considerada pelos colegas de aula, uma pessoa inteligente.
e)      Sentia impaciência e ódio.

7.       “ As casas dormiam nas portas fechadas.”  Há duas figuras de linguagens embutidas nessa frase:
a)      Paradoxo e antítese;
b)      Sinestesia e eufemismo;
c)       Hipérbato e hipérbole;
d)      Ironia e metáfora;
e)      Prosopopeia e metonímia.

8.       A partir de que momento a menina sentiu que algo de ruim estava para acontecer a ela?
a)      Quando errou de rua;
b)      Quando errou os minutos;
c)       Quando viu a estrela sumir;
d)      Quando viu os dois homens no final da rua;
e)      Quando o seu coração bateu mais forte.

9.       Ela sabia que:
a)      Havia nascido para a dificuldade;
b)      Havia nascido para a infelicidade;
c)       Havia nascido para a passividade;
d)      Havia nascido para a enfermidade;
e)      Havia nascido para a temeridade.

10.   Há uma fala – pensamento da menina – que prediz como será a tragédia:
a)      “ [...]fazei com que eles não digam nada.” ;
b)      “ Eles sorriam? Não, estavam sérios.”;
c)       “ Era tarde demais para recuar.”;
d)      “ Eles vão olhar para mim, eu sei.”;
e)      Ia ser rápido.”

11.   “ [...]  a magoaram [...]”Ela possuía  tão pouco, e eles haviam tocado.”
Estas duas passagens nos dão a nítida certeza que:
a)      Os  homens haviam roubado a sua coragem;
b)      Os homens  haviam roubado a sua inocência;
c)       Os homens haviam roubado o seu segredo;
d)      Os homens haviam roubado a sua alegria;
e)      Os homens haviam roubado a sua paciência.

12.   “ Preciso de sapatos novos! Os meus fazem muito barulho, uma mulher não pode andar com salto de madeira.”
Nesta frase há revelação , ainda que subliminar :
a)      Da confissão do que acontecera com ela;
b)      Da ignorância de seu estado;
c)       Da  loucura da menina;
d)      Da impaciência da menina;
e)      Da indiferença da família.














terça-feira, 1 de novembro de 2011

GABARITO - CLARICE LISPECTOR - LAÇOS DE FAMÍLIA

1.      Em DEVANEIO E EMBRIAGUEZ DUMA RAPARIGA, a frase “ Os espelhos vibravam ora escuros, ora luminosos” faz referência a(o):
a)      Estado da alma do narrador-protagonista;
b)      Incerteza da vida do narrador-protagonista;
c)       Consequência do passar dos bondes; (x)
d)      Ambiguidade  de pensamento do narrador-protagonista;
e)      Posição dos espelhos em relação à rua.

2.      “  O pente trabalhava meditativo” a figura de linguagem empregada nessa frase é:
a)      Sinestesia;
b)      Prosopopeia;(x)
c)       Eufemismo;
d)      Catacrese;
e)      Metonímia.

3.      [...] “ os seios entrecortados de várias  raparigas” sugere que:
a)      Há mais de uma mulher a olhar para aquele espelho; (X)
b)      Há mais de uma alma a olhar para aquele espelho;
c)       Há mais de uma imagem a olhar para aquele espelho;
d)      A personagem quebrou o espelho;
e)      O espelho partiu-se  com a vibração dos elétricos.

4.      Pode-se encontrar DEVANEIO na seguinte frase dita pela personagem-protagonista:
a)      “Ai,ai suspirou a rir. Teve a visão de seu sorriso claro de rapariga ainda nova, e sorriu mais fechando os olhos, a abanar-se mais profundamente. Ai,ai, vinha da rua como uma borboleta.” (X)
b)      “–Ai que não me maces! Não me venhas a rondar como um galo velho.”
c)       “ Sua cólera tênue, ardente.”
d)      “Ela ainda à cama, tranqüila, improvisada. Ela amava...”
e)      “Ai que quarto suculento! Ela se abanava no Brasil.”

5.      Uma visão antirromântica:
a)      [...] “ rir como a uma bisbilhotice.”
b)      [...] , “túrbida e leve na cama, um desses caprichos, sabe-se lá.”
c)       Até adormeceu com a boca aberta, a baba a umedecer-lhe o travesseiro.” (X)
d)      “Só levantava  mesmo para ir a casa de banhos, donde voltava nobre, ofendida.”
e)      “Sua leveza cripitou como folha seca:”.

6.      A realidade na vida da personagem- protagonista  se apresenta quando:
a)      O marido chega em casa;
b)      As crianças estão para voltar ; (X)
c)       Vai jantar fora;
d)      Acorda;
e)      Embriaga-se.

7.      Uma visão Naturalista:
a)      “ Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebrada.”
b)      [...]”os convidara e pagara o pasto.”
c)       “As mais santazitas eram as que mais cheias estavam de patifaria.”
d)      “Oh, como estava humilhada por vir á tasca sem chapéu, a cabeça agora parecia-lhe nua.”
e)      “ E aquela vaidade de estar embriagada a facilitar-lhe um tal desdenho por tudo, a torná-la madura e redonda como uma grande vaca.” (X)

8.      “ Na sua sagrada cólera, estendeu com dificuldade a mão e tomou um palito.”
Nesta frase , encontra(m)-se a (s) figura(s) de linguagem:
a)      Somente paradoxo; (X)
b)      Paradoxo e antítese;
c)       Somente metonímia;
d)      Paradoxo e metonímia;
e)      Somente antítese.

9.      “ Estava sentada à cama, conformada, cética.” Esta frase, dita pelo narrador, mostra:
a)      Que embora a personagem estivesse  embriagada , ela tinha  consciência dos seus atos e a consequência destes; (X)
b)      Que ela, por estar embriagada, não tinha consciência de seus atos;
c)       Que a embriaguez provocou na personagem um surto de conformismo e ceticismo;
d)      Que o conformismo e o ceticismo vieram por causa da embriaguez e por conta disso restava-lhe sentar à cama e esperar;
e)      Que nada mais a tiraria daquele lugar, uma vez que se sentia conformada e cética diante dos acontecimentos.

10.  “O chão lá não muito limpo. Que relaxada e preguiçosa que me saíste.” Pode-se inferir que:
a)      A personagem-protagonista tinha voltado á sua sobriedade;
b)      A personagem-protagonista  havia voltado a sua realidade;
c)       A  personagem-protagonista reconhece seu estado degradado; (X)
d)      A personagem-protagonista sabe que tem tarefas a cumprir;
e)      A personagem –protagonista  apenas fez um comentário.

11.  A expressão “Cadela” em “ Cadela, disse a rir.” pode se referir  na língua portuguesa a:
I – Fêmea do cão;
II – Mulher cujo o comportamento é considerado reprovável;
III – Estado de embriaguez : bebedeira.

A (s) resposta(s) que melhor se adéqua(m) aos últimos acontecimentos da história é(são):   
a)      I;
b)      I, II,
c)       I,II,III
d)      II
e)      II e III (X)

Conto AMOR  -
1.       Elementos que estão presentes tanto no conto  “Devaneio  e embriaguez de uma rapariga” e “Amor”, exceto:
a)      Bonde;
b)      Filhos;
c)       O apartamento;
d)      O cego; (X)
e)      Marido.

2.       “ Crescia sua rápida conversa  com o cobrador da luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas,[...]” O recurso lingüístico que utiliza a repetição de palavras em começo de frases ou versos é chamado de:
a)      Anacoluto;
b)      Hipérbole;
c)       Hipérbato;
d)      Apóstrofe;
e)      Anáfora;

3.       “ Ana dava a tudo, tranquilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de vida.”
Ana era, segundo o desenrolar da história, a mola-mestra de sua família. Quando todos já estavam  seguros e não precisavam mais dela, ela sentia-se:
a)      Satisfeita;
b)      Insegura;(X)
c)       Inquieta;
d)      Vigorosa;
e)      Vitoriosa.

4.       Ana tinha a necessidade de se sentir a(o):
a)      Raiz forte das coisas;
b)      corrente forte da vida; (X)
c)       solidez do mundo;
d)       elo de sua família;
e)      mola-mestra  do universo.

5.       Ao casar e ter filhos, Ana se distancia da sua juventude. Nesse ponto ela descobre que:
a)      É impossível  voltar à juventude;
b)      É possível viver sem felicidade; (X)
c)       É impossível viver sem felicidade;
d)      Na juventude ela não era tão feliz quanto na maturidade;
e)      A maturidade lhe deu ciência da vida.

6.       Ana vivia abafando:
a)      Os sentimentos de ternura; (X)
b)      A vida pessoal;
c)       Os deveres de família:
d)      As obrigações de dona de casa;
e)      A sua juventude.
7.       Ana gostava de se sentir no controle das situações. Em que momento ela perdeu esse controle ?
a)      Quando percebeu que a tarde chegara;
b)      Quando  ovos caíram no chão;
c)       Quando percebeu que todos riam do acontecido;
d)      Quando ela percebeu um cego que mascava chiclete. (X)
e)      Quando o jornaleiro entregou-lhe o embrulho.

8.       “ O mundo era tão rico que apodrecia.”
Esta constatação veio com:
a)      O paradoxo : frutas apodrecendo/ crianças com fome; (X)
b)      O paradoxo: vida plena/ miséria;
c)       O paradoxo: jardim pleno/ região árida;
d)      O paradoxo: céu/ inferno;
e)      O paradoxo: fascinação/ nojo.

9.       “ seu coração se enchera  com a pior vontade de viver.” Esta frase mostra que:
a)      Ana acordou de sua vidinha superficial;
b)      Ana  ficou horrorizada que pessoas como o cego pudessem existir; (X)
c)       Ana ficou enojada com o que acabara de vivenciar;
d)      Ana  descobriu que havia pessoas ruins no mundo;
e)      Ana queria ardentemente esquecer o que havia vivido no trajeto do bonde.

10.   “ A cidade estava adormecida e quente.” As figuras de linguagem utilizadas foram:
a)      Prosopopeia e metonímia;
b)      Prosopopeia e aliteração;
c)       Prosopopéia e sinestesia; (X)
d)      Prosospoeia e hipérbole;
e)      Prosopopeia e eufemismo.

11.    A prova que Ana  se sentia responsável por tudo ao seu redor está na fala:
a)      “ Apesar de ter usado poucos ovos, o jantar estava bom.
b)      “Humilhada sabia que o cego preferiria um amor mais pobre.”
c)       “Fora atingida pelo demônio da fé.”
d)      Não quero que lhe aconteça nada, nunca!”
e)      “Antes de deitar, com se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia.”



12. . O conto AMOR  tem como mola-mestra:

a) o jardim botânico;
b) o cego; (X)
c) as crianças;
d) Ana;
e) a vida.



CONTO : Uma galinha

1. Este conto propõe várias reflexões, entre elas está:

a) Que a galinha é só uma galinha;
b) Que a galinha tem sentimentos e devemos respeitá-los;
c) Que não devemos comer galinhas aos domingos;
d) Que a galinha  é mãe e como tal deve ser respeitada;
e) Que a galinha não era o único bicho da história. (X)

2. " A galinha é um ser. É bem verdade que não se podia contar com ela para nada."
A frase, no texto, que desmente a frase acima é:

a) "Estúpida, tímida e livre."
b) "Ela quer o nosso bem." (X)
c) "A galinha tornara-se a rainha da casa."
d) " Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família."
e) "Parecia calma."

3. O desfecho da história da Galinha, infere que:

a) A galinha nunca fora amada pela família;
b) A galinha era apenas uma galinha;
c) Que a família estava fingindo ao deixar que a galinha ficasse na casa.
d) Que o ser humano é volúvel . (X)
e) Que a galinha deu "mole" demais ao se sentir dona da casa.

4. A galinha é mencionada em  outro conto que não "A galinha".

a) Feliz aniversário;
b) Amor;
c) Devaneio e embriaguez de uma rapariga;
d) A imitação da Rosa; (X)
e) Não há menção em nenhum dos contos acima.



Conto : Imitação da Rosa

1. Este conto tem  características semelhantes as dos contos:
a) Feliz aniversário; devaneio e embriaguez de uma rapariga;
b) Feliz aniversário; a galinha;
c)Devaneio e embriaguez de uma rapariga; Amor; (X)
d) Feliz aniversário ; Amor;
e) Não há características semelhantes entre os contos.

2. O espelho, elemento essencial na maioria dos contos de Clarice Lispector. Pode-se inferir que:
a) O espelho é apenas um elemento de composição do cenário;
b) O espelho é o reflexo daquilo que aparentemente não se vê;
c) o espelho é o reflexo apenas do que aparentemente se vê;
d) O espelho é o reflexo do que aparentemente  se quer ver;
e) o Espelho é a denúncia de um ser que aparentemente se vê.(X)

3. Uma diferença entre este conto e "Devaneio e Embriaguez de uma rapariga" e "Amor" é que:
a) A protagonista não tivera filhos; (X)
b) A protagonista é uma pessoa que estava bem;
c) A protagonista não tinha conflitos por estar bem;
d) A protagonista não dava importância para o que os outros pensavam porque estava bem.
e) A protagonista não estava bem.

4. Provavelmente Laura sofria de:
a) compulsão a flores;
b) Saciedade;
c) Ansiedade; (X)
d)Mania de perseguição;
e) Mania de limpeza.

5. As mulheres em " Amor" e" Imitação da Rosa" têm em comum:
a) A necessidade de serem reconhecidas;
b) A necessidade de serem vistas;
c) A necessidade de serem amadas;
d) A necessidade de serem esquecidas;
e) A necessidade de serem necessárias. (X)

6. Laura se sentia culpada, principalmente quando:
a) Conversava com a Carlota;
b) Conversava consigo mesma;
c) Conversava com a empregada;(X)
d) Conversava com o marido;
e) Conversava com o espelho.

7. Laura estava em meio a um grande dilema:
a) Aceitar-se a si mesma ou deixar-se levar pelo impulso;
b) Os outros a aceitarem como era ou não se importar com os outros;
c) Carlota achar que ela estava louca ou não se importar com sua amiga;
d) O marido pensar que ela não estava curada ou deixar que o marido tivesse dúvidas;
e) Não dar motivo para o espanto dos outros ou não se esforçar para provar que já estava curada. (X)

8.  Por que Laura, em um primeiro momento,  queria dar das flores?
a) Para ser gentil com Carlota;
b) Para se livrar da beleza das flores; (X)
c) Para causar boa impressão ao marido;
d) Para se livrar da empregada;
e) Para admitir que estava curada.

9. De repente as rosas passaram a ser tão  lindas a ponto de:
a) Laura entrar em conflito existencial; (X)
b) Laura ficar em pânico;
c) Laura ficar doente;
d) Laura ficar catatônica;
e) Laura entrar em depressão.

10. A falta da rosa provocaria:
a) ansiedade em sua vida;
b) Ausência em sua vida; (x)
c) Mortificação em sua vida;
d) Tristeza em sua vida;
e) Perturbação em sua vida.

11.O título do Conto: A IMITAÇAO DA ROSA está diretamente ligada ao pensamento de Laura, no momento em que:
a) ela chega da feira;
b) Entrega o embrulho à empregada;
c) se levantar para se vestir;
d) percebe que as rosas são lindas; (X)
e) resolve dá-las a Carlota.

12. Mesmo não falando sobre o assunto da saúde de Laura, ela e o marido se comunicavam através:
a) de uma linguagem do rosto; (X)
b) de uma linguagem das mãos;
c) de uma linguagem dos olhos;
d) de uma linguagem do corpo;
e) não havia uma linguagem para isso.

13. Ao final podemos inferir com a frase " [...] como num trem. Que já partira."
a) Que o casamento havia chegado ao fim.
b) O marido não conseguia alcançar o pensamento da mulher;
c) Laura não estava e não estaria mais em seu juízo. (X)
d) O marido estava muito cansado;
e) Que tudo estava sob controle.