quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Trabalho de Literatura



O Matador – Patrícia Melo (capítulo 9 – parte 1)/análise das Filosofias “de Botequim”





· “O homem pensa demais, este é o problema. O homem não deve pensar muito, esta é minha opinião. Deve amar e trabalhar. Deve tomar sol e olhar as árvores.”





O homem é o único ser racional, tem o privilégio de mudar o mundo, de pensar em novas escolhas e caminhos. Pensa o tempo todo e quase não age, o homem deveria agir mais.



O homem deve “viver” sua vida, deve amar sem limites, deve trair se necessário, deve amar tudo o possível. Deve trabalhar no emprego mais difícil ou até mesmo não trabalhar, se essa for sua vontade. Vivemos em uma sociedade comodista, deveríamos fazer o que temos vontade, é claro, sem prejudicar ninguém. O homem gostaria de suprir suas necessidades sem a crítica e influência de outros. Temos vontades, desejos, escolhas ocultas no nosso interior batendo no nosso peito para sair e mostrar quem realmente somos.



O homem, nesta sociedade, nada mais é do que um espelho refletido pelas “ações pensantes” dos amigos e progenitores.



O ser humano apenas será feliz completamente quando sua vida for conduzida por escolhas de sua própria vontade, será mais marcante quando for completo pelo todo, agindo mais e defendendo seus ideais.





· “Às vezes, os pensamentos querem invadir, querem construir uma torre, pedra sobre pedra, forçam a cabeça do homem, mas o homem é mais forte que os pensamentos, o homem pode esquecer. E quando não consegue esquecer, o homem pode cantar musicas do Tim Maia.”





Quando o homem age, seus pensamentos tentam intervir, ou seja, o homem reflete a pensar o que seria melhor para aquela ação, e muitas vezes deixa de fazê-la. O pensamento perturba o homem, não consegue focar no desejado, seu sentimento invade e junto traz a dúvida, a incerteza.



Mas o homem tem a capacidade de esquecer, de apagar seus pensamentos e continuar com o objetivo primário. Se o pensamento tentar ocupar novamente um espaço, ou seja, quando o homem não consegue se livrar de seus pensamentos ele alimenta-os, geralmente com musicas tristes ou até mesmo lembranças.



O ato de pensar é geralmente o maior inimigo do homem, pode deixa-lo a beira da loucura ou mesmo a beira do fracasso. E como já dizia o ditado: Se não pode derrotar seu inimigo, junte-se a ele.





· “Isso aqui parece casaco velho na boca de vaca [...] Se você puxa, rasga. Se você deixa, a vaca come.”





Muitas vezes ficamos na “corda-bamba” entre nossos pensamentos e ações, ou seja, teremos consequências nas duas decisões. Escolhemos sempre um caminho sem saber se é certo ou errado, só sabemos que esse caminho trará alguma desvantagem para nós mesmos.



Ao escolher entre o pensamento e a ação em determinada situação possivelmente vamos ser escravos da que escolhemos, como por exemplo, se alguém roubar algo de você, pode ir pelo lado “racional” e deixar o ladrão levar suas coisas (se sentirá culpado por não fazer nada e sofrerá pela perda), e pode ir pelo lado “irracional” e age perante o roubo (se sentirá mais livre, mas de acordo com sua ação poderá ser julgado pela sociedade ou mesmo sofrer uma perda maior).



Logo concluímos que o ser humano é muito indeciso e que muitas vezes devemos unir o pensamento e a ação e fazer o melhor para a nossa sobrevivência e dignidade.





· “... o homem sempre consegue achar um buraco para escapar.”





O ser humano é um “manipulador nato”. Conseguimos induzir as pessoas a acreditar nos nossos ideais, porque ao mesmo tempo estamos perdidos nas nossas vidas, assim podendo salvar nossa pele de qualquer um ou qualquer coisa. Em situações indesejadas temos a capacidade de refletir e até mesmo criar histórias (mentir), podendo assim nos livrar de tudo e todos. Nos escondemos dentro de nós mesmos e até na vida de outras pessoas, nos “enfiamos em buracos” pois somos egoístas e queremos apenas salvar a nossa vida.



E a ação nos momentos indesejados é também muito válida, podendo fazer com que consigamos nos esconder desse tipo de acontecimento. O ser humano tem uma característica marcante em sua espécie, a mentira, capaz de salvar vidas e até mesmo de tirá-las.





· “... a vida é uma coisa engraçada. Ela vai sozinha, como um rio, se você deixar. Você também pode botar um cabresto, fazer da vida o seu cavalo. A gente faz da vida o que quer. Cada um escolhe a sua sina, cavalo ou rio.”





Vivemos as nossas escolhas. Podemos mudar nossa vida com facilidade, usando palavras e muitas vezes intenções.



As nossas decisões são as “rédeas” da vida, podemos comandar a nossa vida trabalhando no que queremos, aperfeiçoando o que desejamos e realizando nossas vontades. Assim como podemos ficar, até o nosso fim, parados no globo sem saber o que fazer, vivendo apenas do que “cai da árvore” e sem nos preocupar em suprir nossas necessidades.



Logo percebemos que o melhor seria comandar nossa vida, sem intervenção de nada e de ninguém, assim sendo felizes e, principalmente, completos. Nada melhor do que programar uma vida com o que se tem de mais produtivo e vantajoso, as nossas escolhas.









por Renato Casagrande 3º36

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